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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CAMPOS DOS GOYTACAZES: CUSTO DE VIDA ELEVADO E QUALIDADE DE SERVIÇOS PRESTADOS RUIM

O bairro da Pelinca exemplifica bem a realidade da cidade. Foto: divulgação

Campos dos Goytacazes é uma daquelas cidades que se fizeram importantes ao longo das décadas, inicialmente pelos grandes usineiros, que a colocou no patamar das economias fortes e das rendas centralizadas, posteriormente pelo advento do petróleo, responsável por alavancar a industrialização regional. Os anos foram passando e a cidade crescendo, porém sem se desenvolver. Nos dias atuais está configurada entre as mais importantes do país, e nem por isso consegue fazer com que algumas áreas sejam de excelência, como é o caso de serviços prestados, que, além de ineficientes não condizem com a realidade do padrão de vida da maior parte da população campista. Pelo menos isso é o que dizem moradores e especialistas.

O advogado Carlos Anderson Macedo Barreto, que passou a ter endereço na cidade em 2004, exemplifica bem a realidade vivida pelos nativos e também pelos turistas, principalmente os de negócios. “Tem oito anos que resido em Campos. Desde que cheguei não vi muita mudança acontecer. Todo e qualquer serviço não tem qualidade. No setor de alimentação, além da demora no atendimento, não se vê simpatia em quem te atende. Quase sempre tudo é feito com má vontade, com falta de profissionalismo”, relata, lembrado que são poucos estabelecimentos que conseguem proporcionar aos clientes um atendimento eficaz.

Ele observa que em alguns casos o que leva a esse agravamento é o número insuficiente de funcionários, já outros se dá pelo despreparo. “Nem a chegada das grandes franquias na cidade mudou o cenário local. Nada é mais constrangedor que você entrar em determinado estabelecimento e perceber que os funcionários estão fazendo brincadeiras, às vezes nem a seu respeito, mas sobre outro cliente”, pondera destacando: “o atendimento em todos os setores deveriam ter evoluído, assim como o aumento das tabelas de preços. Claro que não se compara ao de Macaé, por exemplo.”

Marcelo Mérida presidente da CDL Campos. Foto: Site Ururau
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Campos), Marcelo Mérida defende que houve evolução na qualidade da prestação de serviço, principalmente do comércio, mas isso não foi ao acaso. A transformação da cidade em polo de educação impactou diretamente. Hoje, os mais de 30 mil estudantes integram o comércio não só como consumidores. Muitos têm nele o sustento para os estudos. O recente processo industrial deu início à mudança. “O setor de comércio e serviços terá de se aperfeiçoar com uma segunda língua, por exemplo, que é o Inglês. Campos se apresenta como ‘a bola da vez’ do Estado do Rio, para os mais otimistas como da Região Sudeste, o que engloba São Paulo,” pondera Mérida.

Para o presidente do Sindicato dos hotéis, restaurantes e bares (SINDHORES), Ricardo Meyle, a falta de qualidade nesse setor tem ligação com o passado. “A cidade por décadas viveu em função do trabalho na cana de açúcar, tendo baixo índice de formação e escolar inclusive. Quem tinha um melhor preparo saía desse mercado para ganhar espaço em outros setores. Mas hoje quem está preparado, as grandes redes acabam puxando. Um exemplo está nos hotéis, onde existe dificuldade de qualificar os profissionais do setor. muitas empresas até querem pagar para qualificar, mas falta quem faça”, relata.

Salvo as grandes redes, a realidade em que o empresariado local, em sua maioria, pega o empregado a laço, não exige e nem oferece qualquer qualificação de atendimento além de oferecer salários baixos, por isso muitos preferem buscar qualificação em outras áreas onde enxergam a possibilidade de ganhos melhores. “Estamos buscando a profissionalização da mão de obra do setor, hoje são pegas a laço e treinadas no próprio ambiente de trabalho, por outros trabalhadores que também não tiveram qualificação”, argumenta Meyle.

Medir o custo de vida ou dos serviços prestados na cidade requer habilidade. Para o economista Alexandre Said Delvaux, da Universidade Cândido Mendes, isso inviabiliza uma definição exata da realidade. “A primeira dificuldade é não existir um índice que mede a inflação na cidade, o que complica uma avaliação com dados técnicos. Mas se percebe que em relação ao custo de vida, de modo geral, ele tem crescido. Isso é uma constatação atribuída a questões como o aumento da demanda em função da expectativa de crescimento da região”, apontada destacando que “está mais caro viver em Campos”.

Para o economista esse aumento é visível quando comparado o preço da refeição em Campos, hoje mais cara que no Rio de Janeiro. “Esse aumento é provocado pela chegada dos novos empreendimentos”, reforça Delvaux, lembrando que “as empresas locais ainda não se sentem pressionadas para proporcionar uma melhor qualidade de atendimento, pela falta de competição ou mesmo por não estarem preparadas para essa nova demanda, por isso a cidade não tem uma boa qualidade de oferta de serviços. Enquanto existir essa zona de conforto dessas empresas, elas ficarão assim”, diz.

Para haver uma estabilidade no aumento dos preços e na melhora da qualidade na prestação de serviços ele destaca: “Só haverá estabilização se a oferta superar a demanda. Se for o contrário os preços subirão ainda mais rápido. Os alugueis são indicadores de preços importantes de uma cidade”, detalha. 

publicado em julho-agosto/2012 - Revista Imagem

GERAÇÃO SAÚDE

Preocupação com a qualidade de vida impulsiona academias


Idosos estão entre os beneficiados. Foto: divulgação
Um Brasil que vive mais. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apresentados em 2010, aponta que o brasileiro passou a ter uma média de vida de 73,1 anos. Porém é necessário observar as regionalidades, quando se avalia separadamente essa média passa para 74,6 na região sudeste, e quando falamos do Estado do Rio de Janeiro, é de 73,7 anos. Com isso, a preocupação com a saúde vem se tornando um hábito chamado atividade física. Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira de Academias – ACAD aponta que o setor atenda atualmente 1,7% da população, número que representa um público de 2,8 milhões de pessoas, e que tende a aumentar ainda mais. Isso convertido em receita atinge cerca de R$ 1,5 bilhões, só com arrecadação de matricula e mensalidades.

Essa não é uma realidade somente das capitais. Cidades como Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, também lucra com o setor. As academias de ginásticas deixaram de atrair somente os “malhadores”, e ganhou um público novo, algumas exibem campanhas com atrativos e enfoque em toda família. Investem em programas diferenciados, buscam parceria para padronizar exercícios praticados no eixo Rio, São Paulo, Belo Horizonte e até no exterior, e oferecem ao seus clientes um leque de opções que envolvem artes marciais, modalidades aquáticas, musculação, fitness, programas de preparação física moderna, triathlon indoor, pilates, tênis, futsal, squash, entre outras tantas atividades como body balance, body combat, body pump, localizada e muito mais.

Bruno Tapajós. Foto Arquivo
As mudanças no perfil dos frequentadores de academia, são percebidas diariamente. Cada vez mais é possível ver um público mais jovem ou mais velho do que um dia foi habitual invadindo os espaços dedicados a atividade física, outras vezes esse público está há tempos buscando apenas o perfil do corpo perfeito, e descobre que a malhação não é objeto único de estética. O web design Bruno Tapajós, frequentador de academia há 14 anos, chega aos 31 anos de idade, como personagem perfeito da mudança de quem começou a malhar por estética e hoje visa a saúde.

Comei porque queria ter um corpão, ir à praia com tudo em cima. Hoje vejo que isso é uma consequência. Eu não tenho o estilo do público de academia, mas gosto da academia. Malho pela minha saúde física e mental, e claro para retardar o envelhecimento. Quero envelhecer com saúde, envelhecer bem, e exercício físico hoje é uma obrigação, não é mais hobby. Percebi isso com o tempo e ai passei também a correr. O amadurecimento muda sua linha de raciocínio, pelo menos pra mim, claro que nem todo mundo é assim”, conta lembrando que mesmo quando malhava por estética, não era o tipo que gostava de se exibir.

As que mais faturam no mercado campista

Academias como Nova Estação, Projex, Sandro Moura, Curves, entre outras, todas com endereço na cidade, sejam franqueadas, de alguma rede ou iniciativa local, vem lucrando com quem busca mais que um corpo perfeito. A Nova Estação, por exemplo, com uma área total construída de 17 mil m², quando surgiu há 12 anos, era a maior da América Latina, e hoje ainda se mantém entre as maiores do país, investimento ousado para a época, e hoje representa bem as exigências de um mercado globalizado.

Com mais de dois mil alunos, a academia busca agregar valores, criou um programa de qualidade em prestação de serviços aliado a investimentos compatíveis com o mercado, além de equipamentos modernos. Entre os diferenciais da academia está a junção de musculação, ginástica e bike em uma única aula, novidade oferecida nos principais circuitos nacionais e internacionais, além dos investimentos em equipamentos novos e modernos, equiparados aos de padrões internacionais, e ainda a qualificação profissional a cada dois meses, sempre buscando as novidades mundiais para oferecer aos clientes.

Considerada um centro de qualidade de vida, a academia reflete bem as mudanças provocadas pelo aumento da expectativa de vida e também do crescimento acelerado, que cada dia mais, atrai empresas de todos os seguimentos para a região e principalmente pessoas, que querem aliar exercício físico e saúde. “A academia foi projetada para esse crescimento. Todo o projeto foi elaborado para uma demanda muito maior que a que atendemos hoje. O que nos preocupa com essa demanda é manter a academia preparada para oferecer a mesma qualidade de serviço. Nosso projeto foi feito dentro de padrões internacionais, para atender inclusive competições internacionais de diversos seguimentos”, explica a administradora, Marcele Alves, responsável por gerir a casa há cinco anos, em parceria com os quase 80 colaboradores das mais diversas áreas, que fazem da academia uma verdadeira fabrica de saúde e beleza estética.

Lucro paras as gigantes e as pequenas
Foto: divulgação
O setor tem crescido tanto que existem academias segmentadas. Um bom exemplo é a Curves, conceituada como a primeira e maior dedicada exclusivamente ao público feminino em todo mundo. Espalhada por mais de 70 países, só no Brasil são mais de 200 unidades, e uma delas está em Campos. O diferencial da rede é o conceito de um circuito de atividade física com duração de 30 minutos. Nesse tempo as alunas serão proporcionadas a atividades cardiovascular (aeróbica) juntamente com treino de sobrecarga muscular (musculação).

As academias de bairro, normalmente com estrutura menor, também não param de aparecer. A cidade ainda conta com cinco academias públicas, mantida pelo governo municipal. Onde a população que não pode pagar, além de ter profissionais qualificados, encontra todos os equipamentos para a prática do esporte.

Quanto ao número de academias espalhado pelo Brasil, é difícil mensura. A ACAD, conta com cerca de 4.800 associados, mas estima-se que exista pelo menos o dobro. O seguimento deixou de ser um negócio que podia ser aberto com a ajuda dos pais, ou pelo simples fato de ser um profissional de educação física, e atrai grandes empresários, fundos de investimentos e, agora, redes multinacionais que estão fincando de vez o pé no atraente mercado brasileiro. Com isso o mercado ganha super academias que tem investimentos entre 5 e 8 milhões de reais. Na capital do estado, a Estação do Corpo, do empresário Ricardo Amaral, investiu 9 milhões de reais nas obras da primeira filial.

Foto: divulgação
As academias se tornaram espaços para atender pessoas de diversas idades e faixa de renda, motivadas por inúmeros fatores, como melhorar a condição física, combater o stress ou mesmo prevenir doenças (principalmente na terceira idade). Na cidade elas são frequentadas por quem tem de quatro meses de idade em diante.

Ação federal
As academias se tornaram tão vital para garantir mais saúde e qualidade de vida à população que até o Ministério da Saúde entrou no páreo, e vai implementar 4 mil polos do Programa Academias da Saúde até 2014, em todo o país. A proposta é modificar o quadro de sedentarismo e sobrepeso do Brasileiro. O anúncio contendo as portarias que permitem a adesão e destino de recursos aos municípios interessados foi publicado no último dia 27 de junho. Toda a ação será atrelada à promoção da saúde, desenvolvida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que vai ganhar espaços específicos para o desenvolvimento de práticas corporais, atividades físicas, lazer e cultural.

O projeto toma como base as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), que orienta a prática de 30 minutos de atividade física, em cinco ou mais dias por semana, e ganhou força devido ao resultado a última pesquisa feita via telefone pelo Ministério, apontou que 16,4% dos brasileiros adultos são fisicamente inativos.

Em 2010, quase metade da população adulta (48,1%) estava acima do peso e 15% são obesos. O programa tem como referenciais iniciativas bem sucedidas realizadas em cidades como Recife (PE), Aracaju (SE) e Belo Horizonte (MG), e vai contar com orientações sobre atividades físicas, de segurança e de educação alimentar e nutricional, além de praticas ginástica, capoeira, dança, jogos esportivos, yoga, tai chi chuan e atividades artísticas como teatro, música, pintura e artesanato, tudo sob a orientação de profissionais capacitados.

A meta do Ministério da Saúde é implantar 1 mil polos por ano até o final de 2014. O Programa faz parte das Políticas Nacionais de Atenção Básica e de Promoção da Saúde e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfretamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, que será apresentado em setembro durante a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA).

publicado em julho/2011 -Revista Desenvolvimento/O Diário

EXECUTIVOS DA MITSUI VISITAM BACIA DE CAMPOS




A parceria entre a Petrobras e a empresa japonesa Mitsui, trouxe à Bacia de Campos mais cinco executivos. O grupo faz parte do intercâmbio firmado entre as duas empresas, e está na segunda edição. Na manhã desta sexta-feira, quatro de junho, a comitiva embarcou para a Plataforma de Garoupa, onde conheceram o processo de produção de gás e óleo e a tecnologia empregada para escoar tudo até o continente pela estatal brasileira.

Ainda no Aeroporto de Macaé, durante o processo de check-in, os executivos da empresa japonesa não escondiam a expectativa para o primeiro embarque a uma plataforma de petróleo. “Queremos ver como se retira o óleo, saber como é feita a separação do gás e do óleo e conhecer como é a tubulação de escoamento da unidade marítima até a terrestre”, comenta Susumu Hamada, da Enviromental Business Div.

Para Paulo Penha, coordenador do núcleo de visitas corporativas da Petrobras, o objetivo da visita tanto para os japoneses quanto para os brasileiros é trocar experiências e conhecimentos nas áreas de interesse. “Esse é o primeiro grupo da segunda edição do intercambio, na primeira recebemos quatro comitivas, assim como enviamos representantes da Petrobras das áreas de interesse entres as duas empresas para esta troca de experiência”, comenda.

“Esse é um programa interessante, Eles tiveram um contato real com nossa logística, conheceram a produção de óleo e gás, o sistema de geração de energia e de compressão de gás, as salas de controle e ainda tiveram um contato direto com a área de operação”, enfatiza o engenheiro de petróleo da Petrobras, José Mazucato Junior. 

texto publicado em julho/2010 - Informativo Petrobras/Bacia de Campos

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

QUANDO PEDALAR NÃO É TÃO SEGURO

Ciclovia da Avenida 28 de Março, em Campos. Foto: divulgação

Uma forma inteligente de se locomover que serve também como atividade física. Andar de bicicleta pode ser ainda uma terapia para evitar o trânsito cada vez mais confuso das grandes cidades. Campos não foge à regra. Apesar de ser uma planície, existe pouca estrutura para garantir o vai e vem dos ciclistas com segurança. São pouco mais de 15 quilômetros de pistas, que em sua maioria não possui ligação uma com a outra.

Hadrien Thys  foto: divulgação
Entre os adeptos do uso da bicicleta, estava o jovem belga Hadrien Thys de 18 anos, que morreu atropelado na Avenida Arthur Bernardes, no dia 15 de março deste ano. Ele estava no Brasil há nove meses, participando de um intercâmbio para estudantes. Na página pessoal no facebook, que ainda permanece ativa, é fácil perceber o amor do jovem pelos esportes. Em Campos dedicava parte do tempo livre ao rúgbi e ao ciclismo. Ele integrava também a equipe de triatlon da cidade, e foi exatamente treinando para uma disputa, que perdeu a vida.

Na cidade todos os dias uma multidão faz das “magrelas” uma opção a mais de transporte para chegar ao trabalho, fazer um simples passeio ou praticar esportes. E são eles os maiores representantes das estatísticas de atropelamentos. De acordo com a Empresa Municipal de Transportes (EMUT), em 2011 foram registrados 470 atropelamentos, desse total, pelo menos metade envolveu ciclistas.

Para os representantes do poder público municipal a cidade tem boas condições para o uso das bicicletas, mas destaca: “Nós temos uma cidade plana aonde já existe a prática do ciclismo, que não é só para o lazer. A grande maioria utiliza a bicicleta para o trabalho. As ciclovias são de vital importância na interligação dos sistemas e para o deslocamento das pessoas de suas casas para o trabalho e vice-versa. Hoje está aparecendo a bicicleta motorizada, um costume que está crescendo neste setor. Mas muito ainda tem de ser feito”, afirma o secretário municipal de Obras e Urbanismo, Edilson Peixoto.

A previsão é que ainda este ano, a cidade passe a ter 28,5 quilômetros totalmente trafegáveis, porém regiões como a central não possuem nenhum metro de ciclovia para que os campistas façam da bicicleta meio de transporte seguro. É necessário dividir as ruas com os veículos motorizados, já que a cidades possuem um elevado número de ciclistas.

As opções para quem busca espaço adequado na cidade estão nas Avenidas 28 de Março, Felipe Uébe, Alberto Lamego, Arthur Bernardes e José Alves de Azevedo (Nova Beira-Valão). As que estão em fase de implantação ficam na Avenida José Carlos Pereira Pinto, que terá 1,5 quilômetros e na RJ-216 (Campos-Farol), que terá 10 quilômetros. 


publicado pela Revista Imagem, edição de julho/agosto - 2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

MAIOR FEIRA DE ELETROELETRÔNICO DO BRASIL DEVE MOVIMENTAR R$ 700 MILHÕES EM NEGÓCIOS



A cidade de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, receberá, de 15 a 17 de setembro, a maior feira de eletroeletrônico do Brasil: a 11ª Fivel - Feira Industrial do Vale da Eletrônica. O evento, que acontece em um dos maiores redutos nacionais de produção e inovação eletroeletrônica do país, deve movimentar cerca de R$700 milhões esse ano. Com isso, o faturamento anual da região deve chegar a R$ 1,4 bilhão em 2010, número 30% superior ao do ano anterior.

A programação inclui rodadas de negócios com transações imediatas entre as 141 empresas locais, revendedores e distribuidores nacionais e internacionais, além do lançamento de mais de 50 produtos de base tecnológica. A expectativa do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel), que investiu R$ 600 mil no evento, é atrair um público de 10 mil pessoas nos três dias da Feira.

O presidente do Sindvel Roberto de Souza Pinto. Foto: divulgação
A Fivel contará com empresários de diversas regiões do Brasil e de outros três países – Peru, Chile e Colômbia com cerca de 10 empresários. “A Feira é uma importante oportunidade para empresários ampliarem seus negócios, prospectarem mercados potenciais e fecharem parcerias nacionais e internacionais” afirma o presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto.

Além da visitação aos estandes, estão programadas visitas às fabricas e convenções internas, criando assim programações de negócios que variam de 6 a 12 meses. “Essas ações vão consolidar cada vez mais a região como um dos principais centros de excelência do setor eletroeletrônico no Brasil, por ampliar a visibilidade das empresas mineiras e impulsionar a criação de uma rede comercial de negócios permanente no exterior”, destaca o presidente do Sindvel.

Os dois primeiros dias da feira estarão direcionados para fornecedores, parceiros e compradores, enquanto o terceiro ficará aberto à comunidade. O evento é bianual e se consolida a cada edição como um dos mais eficazes do setor para intercâmbio de informações, avaliação de mercados potenciais, estabelecimento de parcerias e fechamento de negócios. A última edição, realizada em 2008, apresentou 130 estandes com a participação de cinco países e cerca de 10 mil visitantes, movimentando US$ 1,25 milhão.

A promoção do evento é uma ação conjunta entre o Sindvel e a Associação Industrial de Santa Rita do Sapucaí, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG), com a parceira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresas (Sebrae-MG). A Feira conta ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Inatel, Banco do Brasil, Prefeitura Municipal e Banco Bradesco.


Vale da Eletrônica
Vale da Eletrônica - Santa Rita do Sapucaí/MG
As empresas do Vale da Eletrônica, integrantes do Arranjo Produtivo Local (APL) Eletroeletrônico, empregam mais de 9,5 mil colaboradores e fabricam cerca de 12 mil produtos nas áreas de eletroeletrônica, eletromedicina, telecomunicações, radiodifusão, informática, automação industrial, predial e comercial, segurança, tecnologia da informação, equipamentos industriais e prestação de serviços. Inovação, formação profissional e tecnologia.

O APL Eletroeletrônico de Santa Rita do Sapucaí é um dos principais pólos de desenvolvimento tecnológico do Brasil, reconhecido nacional e internacionalmente de cooperação entre as empresas. “Somos considerados o APL mais funcional do país, uma vez que as indústrias se desenvolvem em função também do negócio de outras empresas que trabalham de forma cooperada”, explica Roberto. 

texto de agosto/2010

TELBRAX INAUGURA NOVO CENTRO DE GERÊNCIA DE REDES

Com crescimento de 100% em 2010, operadora de telecomunicações fecha o ano com faturamento em torno de R$ 6 milhões

Sede da Telbrax em Belo Horizonte - Foto: divulgação
Novo centro de gerência de redes Telbrax.

A Telbrax, operadora de telecomunicações especializada em soluções de comunicação de dados de alta velocidade, investiu cerca de R$ 500 mil na reforma física, equipamentos e infra-estrutura em seu núcleo de redes. A primeira fase foi entregue no mês de novembro, com a inauguração do novo Centro de Gerência de Redes. A empresa, que atende clientes corporativos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deve fechar 2010 com um crescimento de 100% em comparação a 2009 e um faturamento em torno de R$ 6 milhões.

Com uma rede de aproximadamente 250 km totalmente óptica, com altíssima capacidade de transmissão de dados, a Telbrax prevê um crescimento programado para os próximos dois anos. “O Centro de Gerência de Redes faz parte de um investimento maior de reestruturação da Telbrax e foi projetado para atender a demanda até o final de 2012. Nossa expectativa é continuar crescendo mais rápido que o mercado, aumentando ainda mais nossomarket share,” ressalta o Diretor de Operações da empresa, Carlos Ribeiro.

Segundo Ribeiro, a previsão é que em 2013 a empresa esteja instalada em uma sede maior, mais ampla, seguindo o planejamento de crescimento estruturado. Além da área física, a equipe técnica também faz parte do mote de crescimento. Dirigida por Cláudio Flach, especialista do mercado de Telecom há 40 anos, a Telbrax desponta no mercado com inovação e experiência, preços competitivos, produtos especializados e customizados, excelência operacional, projeto específico e direcionado a cada cliente, além de atendimento personalizado, feito por profissionais treinados e sem intermédio de máquina.

O crescimento da empresa não pára por aí. O projeto prevê a ampliação da rede na região Leste de BH e também em direção a Venda Nova. “O carro chefe serão os links dedicados de alta velocidade, entre 10 Mbps e 100 Mbps, para o segmento empresarial e corporativo. Também vamos investir em novos produtos e parcerias, como fazemos desde a fundação,” revela Flach.

O mapa de crescimento da empresa começou em 2001, atuando com mercado de consultoria de redes e desenvolvendo projetos para diversas empresas como a Unimed. Em 2006, além de consultoria, assumiu a construção da rede para a Unimed e deu início à operação de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). Em 2008, começou a atuar com o Anel Metro Ethernet 2 Gbps e com backbone IP. A oferta de serviço de última milha para operadoras teve início em 2009. Em 2010, além do novo Centro de Redes, a empresa passou a operar com Anel Metro Ethernet 10 Gbps e implantou Ponto de Troca de Tráfego (PTT), que garante mais agilidade na conexão e também economia para o consumidor.

Texto de dezembro/2010


MPF DETERMINA MUDANÇA NAS EMBALAGENS DE LENTE DE CONTATO



Foto: Divulgação
As lentes de contato chegaram ao mercado para facilitar a vida de quem sofre algum tipo de distúrbio de visão e não deseja fazer uso de óculos. Além de não alterar a estética facial, permite inúmeras facilidades, como liberdade de movimento para prática de esportes e maior campo de visão. Para tanto, há também quem prefira as lentes para mudar a cor dos olhos. Com isso, o uso vem se tornando cada vez mais popular e indiscriminado.

Na tentativa de alertar pessoas que não precisam das lentes, mas querem mudar a cor natural dos olhos aleatoriamente, a partir de novembro, o Ministério Público Federal – MPF e a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, vai orientar todos os fabricantes a colocarem recomendações sobre uso e risco das mesmas nas embalagens. “Vale a pena ressaltar que todas as embalagens de lentes; aquelas para correção da visão ou outras para mudar o visual, deverão vir com as orientações”, afirma a doutora Ana Maria Vieira da Rocha, responsável pela área de lentes de contato do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães de Belo Horizonte.

Recentemente, um estudo feito em Brasília com 210 usuários de lente de contato, mostra que as lentes mal adaptadas não são o único problema. O prazo de validade ou o uso continuo durante a noite pelo fato de dormir com a lente, responde por 45% das complicações, 35% das alergias e 20% das contaminações por manutenção e armazenamento indevido. Apesar de alguns modelos de lentes serem liberados para dormir, é aconselhado que sejam retiradas, pois durante o sono a produção de lagrimas é menor. Quanto às lentes vencidas, a ação nociva aos olhos é ainda maior, pois elas ficam deformadas, aumentando em até 10 vezes a chance de contaminação da córnea.

A preocupação com banalização no uso de lentes, também é uma constante entre os especialistas. “A implantação das informações sobre uso correto na embalagem do produto vai servir de alerta. As pessoas não tomam o devido cuidado e isso é grave, pois fazer uso de lente sem acompanhamento médico é oferecer inúmeros riscos a saúde dos olhos”, pondera Ana Maria Rocha.

Por estética ou necessidade, a realidade é que o uso desses pequenos objetos é cada vez mais comum. Por outro lado, os especialistas ficam cada vez mais em alerta, pois a estimativa da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato – SOBLEC, é que os olhos de 15% das pessoas com vícios de refração – miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia, não tenham condições de usar lentes. O uso inadequado, muitas vezes se dá devido à falta de informação, o que aumenta os riscos de infecção, ressecamento da lágrima, alergia, úlcera na córnea, conjuntivite alérgica e até cegueira.

A determinação do MPF e da ANVISA vai de encontro à facilidade de compra das lentes de contato. Nas circunstâncias atuais a venda facilitada pela internet, farmácias e óticas sem prescrição médica induzem ao uso das lentes, sem nenhum acompanhamento médico. Sendo que a indicação para uso deve sempre ser de um especialista, pois mesmo os olhos saudáveis podem ter problemas se algumas medidas não forem observadas. Para que haja uma adaptação dos olhos com a lente é necessário observar a curvatura e relevo da córnea, a ausência de doenças oculares ou olho seco.

Para o MPF, a ação de cobrar dos fabricantes as informações nas embalagens se deu após um ano de apuração do material comercializado nas principais farmácias do Brasil, pois os fabricantes até enviam as bulas para os estabelecimentos, mas estes não repassam aos clientes. “É evidente a violação ao Código de defesa do Consumidor e à própria regulamentação da ANVISA, que preconiza que essas instruções estejam nas embalagens,” relatou o Procurador da Republica Cláudio Gheventer ao Portal IG.

DICAS:
Todo cuidado é pouco quando falamos de saúde. Para se evitar problemas com a lente de contato, segue algumas dicas de manuseio, manutenção por parte do usuário. Mas vale reforçar que as dicas sozinhas não têm muito efeito. O médico é sempre a melhor opção para ser consultado. Segue alguns dos erros mais comuns no uso de lentes de contato:

1. Adaptação realizada fora dos consultórios médicos: é um procedimento que coloca em risco a saúde dos usuários;

2. Uso de soro fisiológico na manutenção das lentes. O soro não limpa nem retira os depósitos de proteínas das lentes, deixando-as mais sujas, contaminadas e menos confortáveis – podendo, inclusive, causar reações tóxicas devido à presença de preservativos químicos em sua composição;

3. Uso das lentes de contato além do período recomendado pelo médico;

4. O não descarte das lentes de contato dentro do período recomendado pelo fabricante;

5. Desconsiderar sintomas de dor, irritação ou outros sintomas oculares durante o uso de lentes de contato, deixando de procurar o oftalmologista nesses momentos;

6. Descontinuar o uso de lentes de contato em função de dificuldades encontradas e não buscar ajuda médica para tentar superá-las;

7. Não realizar assepsia adequada das mãos e do estojo das lentes;

8. O fato de você fazer tudo errado com as lentes (não limpar corretamente, usar soro fisiológico ou lavar em água de torneira e não descartar como recomendado) e não ter acontecido nada até agora, não significa que não poderá acontecer problemas muito sérios no futuro próximo.  

texto de outubro/2010