Preocupação com a qualidade de vida impulsiona academias
Idosos estão entre os beneficiados. Foto: divulgação
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Essa
não é uma realidade somente das capitais. Cidades como Campos dos
Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, também lucra com o
setor. As academias de ginásticas deixaram de atrair somente os
“malhadores”, e ganhou um público novo, algumas exibem campanhas
com atrativos e enfoque em toda família. Investem em programas
diferenciados, buscam parceria para padronizar exercícios praticados
no eixo Rio, São Paulo, Belo Horizonte e até no exterior, e
oferecem ao seus clientes um leque de opções que envolvem artes
marciais, modalidades aquáticas, musculação, fitness,
programas de preparação física moderna, triathlon
indoor, pilates, tênis, futsal, squash, entre outras tantas
atividades como body
balance,
body
combat,
body
pump,
localizada e muito mais.
Bruno Tapajós. Foto Arquivo |
As
mudanças no perfil dos frequentadores de academia, são percebidas
diariamente. Cada vez mais é possível ver um público mais jovem ou
mais velho do que um dia foi habitual invadindo os espaços dedicados
a atividade física, outras vezes esse público está há tempos
buscando apenas o perfil do corpo perfeito, e descobre que a malhação
não é objeto único de estética. O web design Bruno Tapajós,
frequentador de academia há 14 anos, chega aos 31 anos de idade,
como personagem perfeito da mudança de quem começou a malhar por
estética e hoje visa a saúde.
“Comei
porque queria ter um corpão, ir à praia com tudo em cima. Hoje vejo
que isso é uma consequência. Eu não tenho o estilo do público de
academia, mas gosto da academia. Malho pela minha saúde física e
mental, e claro para retardar o envelhecimento. Quero envelhecer com
saúde, envelhecer bem, e exercício físico hoje é uma obrigação,
não é mais hobby. Percebi isso com o tempo e ai passei também a
correr. O amadurecimento muda sua linha de raciocínio, pelo menos
pra mim, claro que nem todo mundo é assim”, conta lembrando que
mesmo quando malhava por estética, não era o tipo que gostava de se
exibir.
As
que mais faturam no mercado campista
Academias como Nova Estação, Projex, Sandro Moura, Curves, entre outras, todas com endereço na cidade, sejam franqueadas, de alguma rede ou iniciativa local, vem lucrando com quem busca mais que um corpo perfeito. A Nova Estação, por exemplo, com uma área total construída de 17 mil m², quando surgiu há 12 anos, era a maior da América Latina, e hoje ainda se mantém entre as maiores do país, investimento ousado para a época, e hoje representa bem as exigências de um mercado globalizado.
Com
mais de dois mil alunos, a academia busca agregar valores, criou um
programa de qualidade em prestação de serviços aliado a
investimentos compatíveis com o mercado, além de equipamentos
modernos. Entre os diferenciais da academia está a junção de
musculação, ginástica e bike em uma única aula, novidade
oferecida nos principais circuitos nacionais e internacionais, além
dos investimentos em equipamentos novos e modernos, equiparados aos
de padrões internacionais, e ainda a qualificação profissional a
cada dois meses, sempre buscando as novidades mundiais para oferecer
aos clientes.
Considerada
um centro de qualidade de vida, a academia reflete bem as mudanças
provocadas pelo aumento da expectativa de vida e também do
crescimento acelerado, que cada dia mais, atrai empresas de todos os
seguimentos para a região e principalmente pessoas, que querem aliar
exercício físico e saúde. “A academia foi projetada para esse
crescimento. Todo o projeto foi elaborado para uma demanda muito
maior que a que atendemos hoje. O que nos preocupa com essa demanda é
manter a academia preparada para oferecer a mesma qualidade de
serviço. Nosso projeto foi feito dentro de padrões internacionais,
para atender inclusive competições internacionais de diversos
seguimentos”, explica a administradora, Marcele Alves,
responsável por gerir a casa há cinco anos, em parceria com os
quase 80 colaboradores das mais diversas áreas, que fazem da
academia uma verdadeira fabrica de saúde e beleza estética.
Lucro
paras as gigantes e as pequenas
Foto: divulgação |
As
academias de bairro, normalmente com estrutura menor, também não
param de aparecer. A cidade ainda conta com cinco academias públicas,
mantida pelo governo municipal. Onde a população que não pode
pagar, além de ter profissionais qualificados, encontra todos os
equipamentos para a prática do esporte.
Quanto
ao número de academias espalhado pelo Brasil, é difícil mensura. A
ACAD, conta com cerca de 4.800 associados, mas estima-se que exista
pelo menos o dobro. O seguimento deixou de ser um negócio que podia
ser aberto com a ajuda dos pais, ou pelo simples fato de ser um
profissional de educação física, e atrai grandes empresários,
fundos de investimentos e, agora, redes multinacionais que estão
fincando de vez o pé no atraente mercado brasileiro. Com isso o
mercado ganha super academias que tem investimentos entre 5 e 8
milhões de reais. Na capital do estado, a Estação do Corpo, do
empresário Ricardo Amaral, investiu 9 milhões de reais nas obras da
primeira filial.
Foto: divulgação |
Ação
federal
As
academias se tornaram tão vital para garantir mais saúde e
qualidade de vida à população que até o Ministério da Saúde
entrou no páreo, e vai implementar 4 mil polos do Programa Academias
da Saúde até 2014, em todo o país. A proposta é modificar o
quadro de sedentarismo e sobrepeso do Brasileiro. O anúncio contendo
as portarias que permitem a adesão e destino de recursos aos
municípios interessados foi publicado no último dia 27 de junho.
Toda a ação será atrelada à
promoção da saúde, desenvolvida pelo Sistema Único de Saúde
(SUS), que vai ganhar espaços específicos para o desenvolvimento de
práticas corporais, atividades físicas, lazer e cultural.
O
projeto toma como base as recomendações da Organização Mundial de
Saúde (OMS), que orienta a prática de 30 minutos de atividade
física, em cinco ou mais dias por semana, e ganhou força devido ao
resultado a última pesquisa feita via telefone pelo Ministério,
apontou que 16,4% dos brasileiros adultos são fisicamente inativos.
Em
2010, quase metade da população adulta (48,1%) estava acima do peso
e 15% são obesos. O programa tem como referenciais iniciativas bem
sucedidas realizadas em cidades como Recife (PE), Aracaju (SE) e Belo
Horizonte (MG), e vai contar com orientações sobre atividades
físicas, de segurança e de educação alimentar e nutricional, além
de praticas ginástica, capoeira, dança, jogos esportivos, yoga, tai
chi chuan e atividades artísticas como teatro, música, pintura e
artesanato, tudo sob a orientação de profissionais capacitados.
A
meta do Ministério da Saúde é implantar 1 mil polos por ano até o
final de 2014. O Programa faz parte das Políticas Nacionais de
Atenção Básica e de Promoção da Saúde e integra o Plano de
Ações Estratégicas para o Enfretamento das Doenças Crônicas não
Transmissíveis no Brasil, que será apresentado em setembro durante
a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York
(EUA).
publicado em julho/2011 -Revista Desenvolvimento/O Diário
publicado em julho/2011 -Revista Desenvolvimento/O Diário
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