Translate

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

QUANDO PEDALAR NÃO É TÃO SEGURO

Ciclovia da Avenida 28 de Março, em Campos. Foto: divulgação

Uma forma inteligente de se locomover que serve também como atividade física. Andar de bicicleta pode ser ainda uma terapia para evitar o trânsito cada vez mais confuso das grandes cidades. Campos não foge à regra. Apesar de ser uma planície, existe pouca estrutura para garantir o vai e vem dos ciclistas com segurança. São pouco mais de 15 quilômetros de pistas, que em sua maioria não possui ligação uma com a outra.

Hadrien Thys  foto: divulgação
Entre os adeptos do uso da bicicleta, estava o jovem belga Hadrien Thys de 18 anos, que morreu atropelado na Avenida Arthur Bernardes, no dia 15 de março deste ano. Ele estava no Brasil há nove meses, participando de um intercâmbio para estudantes. Na página pessoal no facebook, que ainda permanece ativa, é fácil perceber o amor do jovem pelos esportes. Em Campos dedicava parte do tempo livre ao rúgbi e ao ciclismo. Ele integrava também a equipe de triatlon da cidade, e foi exatamente treinando para uma disputa, que perdeu a vida.

Na cidade todos os dias uma multidão faz das “magrelas” uma opção a mais de transporte para chegar ao trabalho, fazer um simples passeio ou praticar esportes. E são eles os maiores representantes das estatísticas de atropelamentos. De acordo com a Empresa Municipal de Transportes (EMUT), em 2011 foram registrados 470 atropelamentos, desse total, pelo menos metade envolveu ciclistas.

Para os representantes do poder público municipal a cidade tem boas condições para o uso das bicicletas, mas destaca: “Nós temos uma cidade plana aonde já existe a prática do ciclismo, que não é só para o lazer. A grande maioria utiliza a bicicleta para o trabalho. As ciclovias são de vital importância na interligação dos sistemas e para o deslocamento das pessoas de suas casas para o trabalho e vice-versa. Hoje está aparecendo a bicicleta motorizada, um costume que está crescendo neste setor. Mas muito ainda tem de ser feito”, afirma o secretário municipal de Obras e Urbanismo, Edilson Peixoto.

A previsão é que ainda este ano, a cidade passe a ter 28,5 quilômetros totalmente trafegáveis, porém regiões como a central não possuem nenhum metro de ciclovia para que os campistas façam da bicicleta meio de transporte seguro. É necessário dividir as ruas com os veículos motorizados, já que a cidades possuem um elevado número de ciclistas.

As opções para quem busca espaço adequado na cidade estão nas Avenidas 28 de Março, Felipe Uébe, Alberto Lamego, Arthur Bernardes e José Alves de Azevedo (Nova Beira-Valão). As que estão em fase de implantação ficam na Avenida José Carlos Pereira Pinto, que terá 1,5 quilômetros e na RJ-216 (Campos-Farol), que terá 10 quilômetros. 


publicado pela Revista Imagem, edição de julho/agosto - 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário